Abrir uma clínica de estética é um passo importante na carreira de muitos profissionais da saúde e beleza. No entanto, tão essencial quanto montar uma estrutura acolhedora e investir em equipamentos modernos é entender qual o melhor regime tributário para uma clínica de estética.
Essa escolha pode impactar diretamente na lucratividade do seu negócio e na sua tranquilidade fiscal a longo prazo.
Ao longo deste artigo, vamos te guiar pelas opções disponíveis, explicar as diferenças entre elas e mostrar como uma decisão estratégica nesse momento inicial pode evitar dores de cabeça e prejuízos no futuro.
Se você está dando os primeiros passos como empreendedor ou quer formalizar seu negócio da forma certa, continue lendo e descubra como tomar essa decisão com segurança.
Por que a escolha do regime tributário é tão importante na área da estética?
Ao abrir uma clínica de estética, é comum que a atenção esteja voltada para o espaço físico, os equipamentos e a experiência do cliente. Porém, há uma decisão estratégica que precisa ser tomada desde o início: qual o melhor regime tributário para sua clínica de estética?
Essa escolha impacta diretamente no valor dos impostos pagos, na lucratividade do negócio e até nas obrigações fiscais que você precisará cumprir mês a mês.
Em outras palavras, ela define quanto do seu faturamento vai para o governo e quanto permanece no seu caixa.
Por isso, antes de formalizar o CNPJ, é essencial analisar o perfil da sua clínica: qual será o faturamento estimado? Terá funcionários registrados? Vai atuar sozinha ou com sócios? Essas respostas ajudam a encontrar o enquadramento mais vantajoso e evitam pagar mais tributos do que o necessário.
Com a orientação certa desde o início, você garante mais segurança jurídica, previsibilidade financeira e tempo para focar em oferecer um serviço de excelência.
Quais são os regimes tributários disponíveis e qual escolher?
Na hora de abrir sua clínica de estética, uma das etapas mais importantes do processo é definir o regime tributário. Afinal, essa escolha impacta diretamente no valor dos impostos, na burocracia envolvida e até na saúde financeira do seu negócio ao longo do tempo.
Mas, afinal, quais são as opções? De forma geral, clínicas de estética podem optar entre três regimes: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. Cada um deles possui características próprias e se adequa a diferentes realidades.
A seguir, explicaremos como cada modelo funciona e em que situações pode ser a melhor escolha.
Simples Nacional
O Simples Nacional costuma ser a porta de entrada para muitas clínicas que estão começando.
Ele unifica diversos tributos (como IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, INSS e ISS) em uma única guia, facilitando a rotina fiscal e reduzindo a burocracia. Além disso, permite o enquadramento em faixas de alíquota que começam em 6%, dependendo do faturamento anual e do anexo em que a clínica se enquadra.
No entanto, é aqui que muitos se confundem: clínicas de estética geralmente se enquadram no Anexo V, que possui alíquotas mais altas do que o Anexo III.
A boa notícia é que, se sua clínica tiver uma folha de pagamento correspondente a pelo menos 28% do faturamento bruto, é possível migrar para o Anexo III, o que reduz significativamente a carga tributária.
Ou seja, o Simples Nacional vale a pena quando:
- O faturamento anual é de até R$ 4,8 milhões;
- Há uma boa estrutura de equipe registrada em carteira;
- A simplicidade operacional é um diferencial importante no início do negócio.
Por outro lado, para clínicas com poucos funcionários ou faturamento mais alto, talvez esse regime não seja o mais vantajoso.
Lucro Presumido
O Lucro Presumido é indicado para clínicas que possuem boas margens de lucro e poucos custos dedutíveis, mas que já superaram o limite de faturamento do Simples Nacional.
Nele, o governo presume que a empresa tem uma margem de lucro fixa — geralmente 32% sobre o faturamento para serviços de estética — e os impostos são calculados com base nesse percentual, mesmo que sua margem real seja maior ou menor.
Esse regime pode ser vantajoso porque:
- A carga tributária costuma ficar entre 13,33% e 16,33% do faturamento;
- Há possibilidade de créditos de PIS/COFINS em algumas situações;
- É mais simples que o Lucro Real e menos restritivo que o Simples Nacional.
Por isso, se sua clínica tem um faturamento acima do teto do Simples e você consegue manter os custos controlados, o Lucro Presumido pode gerar uma economia significativa de tributos.
Lucro Real
O Lucro Real é o regime mais técnico e complexo entre os três, mas também o mais preciso.
Nele, os impostos são calculados com base no lucro efetivo da clínica — ou seja, receita menos despesas. Isso significa que, se sua empresa tiver muitas despesas dedutíveis, o imposto devido pode ser bem menor.
Esse regime é obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões por ano, mas também pode ser adotado por clínicas que:
- Têm despesas operacionais muito altas (aluguel, folha, investimentos);
- Possuem uma estrutura mais robusta e já contam com apoio contábil especializado;
- Buscam transparência total e possibilidade de deduzir uma ampla gama de custos.
Apesar de exigir maior controle contábil e financeiro, o Lucro Real pode ser extremamente vantajoso quando bem planejado — especialmente em clínicas que fazem grandes investimentos ou operam com margens apertadas.
Então, qual escolher?
Como você pode ver, não existe um “melhor” regime tributário universal. A escolha ideal depende do porte da clínica, do faturamento previsto, da estrutura de custos e da forma como o negócio será gerido.
Principais erros ao escolher o regime tributário na abertura da clínica
Escolher o regime tributário na hora de abrir sua clínica de estética é uma decisão estratégica que pode impactar diretamente seus lucros e sua tranquilidade fiscal.
No entanto, muitos profissionais cometem erros comuns nesse processo, especialmente por falta de orientação especializada.
Um dos equívocos mais frequentes é optar pelo regime mais conhecido ou “mais simples”, como o Simples Nacional, sem avaliar se ele realmente é o mais vantajoso. Embora o nome possa sugerir facilidade, esse modelo nem sempre oferece a menor carga tributária — especialmente quando a clínica se enquadra no Anexo V e não tem uma folha de pagamento robusta.
Outro erro recorrente é não considerar o faturamento projetado e a estrutura de custos do negócio. Abrir uma clínica com expectativa de crescimento rápido exige planejamento. Escolher um regime inadequado pode gerar um pagamento excessivo de impostos ou até a necessidade de mudar de regime logo nos primeiros meses, o que gera mais burocracia e custos.
Além disso, há quem ignore a importância de um planejamento tributário feito com um contador especializado na área da saúde e estética. Cada regime tem obrigações fiscais diferentes, e entendê-las desde o início evita surpresas desagradáveis, como multas, autuações e falta de caixa.
Portanto, antes de formalizar seu CNPJ, vale a pena parar, analisar e contar com apoio técnico. Uma escolha bem feita pode significar mais lucro no bolso e menos dor de cabeça no futuro.
Como tomar a decisão certa na abertura da clínica?
Para escolher o regime tributário ideal na abertura da sua clínica de estética, o primeiro passo é conhecer bem o seu modelo de negócio. Leve em conta o faturamento previsto, os custos operacionais e se haverá funcionários registrados.
Em seguida, conte com o apoio de um contador especializado, que poderá simular quanto você pagaria em cada regime e indicar a opção mais vantajosa. Essa análise evita decisões por impulso e garante mais economia a longo prazo.
Por fim, pense no futuro. Um regime pode funcionar agora, mas deixar de ser interessante com o crescimento da clínica. Por isso, tomar essa decisão de forma estratégica é o caminho mais seguro para crescer com estabilidade e pagar apenas o necessário em tributos.
Abra sua clínica de estética tendo ao lado quem entende do seu setor!
Escolher o regime tributário certo pode ser o diferencial entre uma clínica financeiramente saudável e um negócio cheio de surpresas desagradáveis.
Como vimos até aqui, cada regime tem suas regras, exigências e impactos diretos no seu lucro, e por isso, essa decisão precisa ser estratégica desde o início.
Mais do que entender impostos, é fundamental ter ao seu lado quem conhece as particularidades do setor da estética, como o enquadramento no Simples Nacional, os desafios do Anexo V, a gestão da folha de pagamento e as oportunidades para reduzir a carga tributária de forma legal e eficiente.
É nesse ponto que a Valor Contabilidade se destaca.
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