Como funcionam os contratos de prestação de serviços para profissionais da saúde? Evite problemas jurídicos e fiscais!

contratos profissionais da saúde

Seja você um médico, psicólogo ou nutricionista, é cada vez mais comum prestar serviços em clínicas, consultórios ou até mesmo como parceiro em plataformas de atendimento. Nesse cenário, entender como funcionam os contratos de prestação de serviços para profissionais da saúde é fundamental para garantir segurança jurídica, evitar mal-entendidos e, claro, se manter em dia com o Fisco.

Muitos profissionais acabam iniciando parcerias de forma informal, confiando apenas na boa fé ou em acordos verbais. No entanto, com o tempo, essa falta de formalização pode gerar conflitos, problemas fiscais ou até riscos trabalhistas, especialmente quando não há clareza sobre os deveres e direitos de cada parte.

Neste artigo, vamos explicar de forma simples e prática como funcionam esses contratos, quais cláusulas merecem atenção e como proteger sua atuação profissional sem abrir mão da autonomia. Acompanhe!

Por que ter um contrato de prestação de serviço?

Em meio à correria do dia a dia, é comum que muitos profissionais da saúde iniciem parcerias com clínicas ou consultórios sem formalizar a relação por escrito. 

No entanto, ter um contrato de prestação de serviço não é apenas uma formalidade, é uma proteção para ambas as partes.

Quando tudo vai bem, a ausência de um contrato pode até parecer irrelevante. Mas basta surgir um desacordo sobre pagamentos, horários, responsabilidades ou rescisão para que a falta de clareza gere conflitos e insegurança jurídica.

Além disso, um contrato bem elaborado ajuda a evitar interpretações erradas que possam configurar vínculo empregatício, o que é um risco real quando o profissional presta serviços de forma contínua em um único local.

Com o contrato, ficam definidos os termos da relação comercial, reforçando que se trata de uma parceria entre empresas ou entre profissional liberal e empresa, em vez de um vínculo trabalhista tradicional.

Outro ponto importante é a organização fiscal e contábil. O contrato dá base para emissão de notas fiscais ou recibos e serve como documento comprobatório em caso de fiscalizações ou disputas legais.

Ou seja, o contrato é uma ferramenta de segurança, profissionalismo e transparência. Ele não apenas protege seus direitos, mas também transmite seriedade à clínica e fortalece sua imagem como prestador de serviço.

Quais cláusulas não podem faltar no contrato de prestação de serviços?

Ao firmar uma parceria profissional, um contrato bem elaborado é o que garante tranquilidade e segurança para ambas as partes. No caso dos profissionais da saúde, isso se torna ainda mais importante, já que a rotina envolve responsabilidade técnica, horários flexíveis e diferentes formas de remuneração.

Para evitar surpresas e proteger sua atuação, veja as principais cláusulas que não podem faltar em um contrato de prestação de serviços:

Identificação das partes

Inclua os dados completos do profissional e da clínica contratante, como nome, CPF/CNPJ, endereço e registro profissional (quando aplicável).

Escopo dos serviços

Descreva de forma clara quais atividades serão realizadas, em quais dias e horários, e se há exigência de cumprimento de carga horária mínima ou plantões.

Remuneração e forma de pagamento

Especifique o valor a ser pago pelos serviços, a periodicidade (mensal, quinzenal etc.), a forma de pagamento (transferência, PIX, RPA, nota fiscal) e possíveis descontos ou taxas administrativas.

Prazo de vigência e rescisão

Defina por quanto tempo o contrato será válido e como pode ser encerrado, com ou sem aviso prévio. Isso evita disputas em caso de desligamento inesperado.

Obrigações e responsabilidades

Deixe claro o que cabe a cada parte, como por exemplo, quem fornece materiais, quem lida com agendamentos, como funciona o repasse financeiro e a relação com os pacientes.

Ausência de vínculo empregatício

Essa cláusula é essencial para reforçar que a relação é de prestação de serviço, e não de emprego. Isso protege ambas as partes de complicações trabalhistas futuras.

Tributação e encargos

Estabeleça quem será responsável pela emissão de notas ou recolhimento de impostos, especialmente se o profissional atuar com CNPJ.

Com essas cláusulas, o contrato deixa de ser apenas um papel assinado e passa a ser uma ferramenta real de proteção, organização e profissionalismo na relação entre prestador e contratante.

Como funciona a tributação nesse tipo de contrato?

Quando um profissional da saúde presta serviços para uma clínica ou consultório por meio de um contrato, é essencial entender como funciona a tributação dessa relação. Afinal, mais do que cumprir com as exigências legais, isso evita surpresas com o Fisco e ajuda a manter a saúde financeira em dia.

De forma geral, tudo vai depender de como o profissional está formalizado:

  • Se atua como pessoa física, sem CNPJ, o pagamento costuma ser feito via RPA (Recibo de Pagamento Autônomo). Nesse modelo, a clínica é responsável por reter e recolher os impostos diretamente na fonte, como INSS, IRRF e ISS. O valor líquido que chega ao profissional é menor, pois já vem com os descontos aplicados.
  • Se o profissional possui CNPJ, seja como MEI (quando permitido), EI, SLU ou Sociedade, a tributação passa a seguir o regime escolhido (como Simples Nacional ou Lucro Presumido). Nesse caso, o profissional emite uma nota fiscal pelos serviços prestados e recolhe os impostos por conta própria, o que normalmente resulta em uma carga tributária mais leve e controlada.

Vale lembrar que, mesmo com um contrato formal, o profissional precisa manter a contabilidade e as obrigações fiscais em dia. A escolha do regime tributário adequado e o correto enquadramento da atividade impactam diretamente no quanto será pago em impostos.

Por isso, contar com o suporte de uma contabilidade especializada na área da saúde é fundamental para garantir que tudo esteja sendo feito de forma correta e vantajosa.

O que analisar antes de assinar um contrato com clínica ou consultório?

Antes de fechar uma parceria com uma clínica, é fundamental ler o contrato com atenção. Por mais que a proposta pareça vantajosa, é no papel que ficam definidos os direitos, deveres e formas de encerramento da relação.

Verifique se os valores, formas de pagamento, responsabilidades e horários estão bem descritos. Evite contratos genéricos ou com lacunas, pois isso pode gerar problemas no futuro.

Outro ponto essencial é confirmar se há cláusula deixando claro que não há vínculo empregatício, principalmente se você atuar como pessoa jurídica.

Quando possível, conte com apoio contábil ou jurídico especializado para revisar o documento. Isso evita interpretações erradas e garante mais segurança na sua atuação profissional.

Atue com mais segurança e profissionalismo!

Entender como funcionam os contratos de prestação de serviços para profissionais da saúde é essencial para garantir uma atuação tranquila, sem surpresas jurídicas ou fiscais. 

Quando tudo está bem definido desde o início, você ganha mais autonomia, proteção e clareza sobre suas responsabilidades.

Mas, além de um contrato bem estruturado, é a orientação contábil especializada que vai te ajudar a manter sua regularidade fiscal, escolher o melhor regime tributário e evitar erros que possam comprometer sua renda ou gerar problemas com o Fisco.

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